PF abre inquérito para investigar sumiço de notas da Casa da
Moeda
Medida ocorre mais de um ano depois que órgão deu pela falta
de R$ 5.000 de um de seus lotes
Atraso ocorreu porque ajuda só foi solicitada depois de
sindicância interna não achar nenhum culpado
A Polícia Federal investiga como cem cédulas de R$ 50, num
total de R$ 5.000, desapareceram da sede da Casa da Moeda, em Santa Cruz , zona oeste
do Rio de Janeiro.
O sumiço ocorreu em 14 de janeiro de 2011, mas o inquérito
foi aberto pela Polícia Federal na semana passada. Isso porque o caso só foi
comunicado aos federais após a troca de presidente da empresa.
À época do sumiço, o presidente era Luiz Felipe Denucci. Ele
foi substituído por Fancisco Franco, em fevereiro deste ano, depois de
denúncias de irregularidades.
Segundo reportagem do "Fantástico", da TV Globo, o
sumiço foi descoberto no dia seguinte. Mas foi arquivado após uma sindicância
interna não conseguir comprovar o que havia ocorrido.
O relatório final da comissão interna chegou a sugerir que a
divulgação do sumiço do dinheiro seria negativa para a imagem da Casa da Moeda
junto à opinião pública.
De acordo com o "Fantástico", o sumiço do dinheiro
foi descoberto por acaso, quando a funcionária responsável pelo controle de
qualidade de impressão percebeu um defeito numa cédula.
O gerente da área, então, foi ao cofre verificar os outros
lotes impressos no dia e notou que um deles estava aberto e com R$ 5.000 a menos.
Imagens do circuito interno mostram um funcionário da Casa
da Moeda retirando um lote de notas da esteira de produção e levando-o para um
local onde as câmeras não podiam filmá-lo. No campo de visão da câmera ele
recoloca o pacote na esteira.
Pela sindicância, o funcionário foi o único a manusear as
notas. Questionado na investigação, ele disse não saber como as cédulas
sumiram. A Casa da Moeda diz que ele foi transferido de setor.
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